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Link Lab Braga mostra como a economia digital permite dar tempo às pessoas para pensar

09-04-2019
O Link Lab Braga, um evento integrado no AEP Link, iniciativa da Associação Empresarial Portuguesa, Câmara de Comércio e Indústria com o envolvimento da Deloitte Portugal debateu na terça-feira, 9 de abril, como a economia digital e as novas tecnologias permitem deixar tempo às pessoas para pensar. No painel dedicado à Economia Digital, apoiado pela Konica Minolta e moderado pelo jornalista do Diário do Minho Francisco de Assis, os convidados falaram dos exemplos de digitalização das suas empresas e salientaram a importância do desafio de integrar as pessoas nesses processos para elas próprias tirarem benefícios dessa evolução.

Luís Carlos Fonseca, administrador do Diário do Minho, falou na evolução de uma empresa que faz 100 anos no próximo dia 15 de abril, e que enfrenta diariamente os desafios do digital e do novo paradigma da disponibilização da informação através das redes sociais. «Quando falamos nas redes, podemos estar a falar na nossa concorrência», ironizou Luís Carlos Fonseca, contando que «a digitalização foi desde cedo um desafio para nós, que abraçámos praticamente desde 1999/2000, promovendo, desde 2002, por exemplo, a assinatura digital do jornal, e usando as tecnologias para promover o negócio da impressão». «Tendo em conta a nossa capacidade de impressão, criámos uma plataforma digital que nos permite atualmente receber 120 títulos que imprimimos na nossa gráfica, e que permite, inclusivamente, ser o próprio cliente a controlar a impressão», exemplifica.

No caso da indústria têxtil, Samuel Costa, membro do Conselho de Administração do Grupo Sonix, revela ainda há muito a fazer ao nível da economia digital: «Há muita dificuldade em encontrar pessoas qualificadas para trabalhar nesta indústria porque há ainda um grande preconceito relativamente a este setor, porque há uma visão do setor ainda muito ligada ao que era antigamente». «Temos tentado acompanhar a evolução da economia digital e temos feito um grande esforço para crescer e evoluir, nomeadamente no controle de qualidade dos processos, reduzindo o risco de haver problemas e garantindo um produto melhor», explicou.

Frederico Lopes, coordenador de Sistemas de Informação da Águas do Norte, afirmou que o grande desafio está relacionado com a cultura das organizações, e é maior nas empresas públicas. «Aqui há um trabalho acrescido para transformar a forma de pensar das pessoas, para pôr as pessoas a pensar na forma como fazem as coisas e o que as tecnologias e o digital podem fazer para melhorar as suas tarefas, valorizando o seu papel e melhorando a sua qualidade de vida. Externamente, a economia digital ajuda-nos a aproximar a empresa dos cidadãos».

«Mas, como evoluímos e digitalizamos sem descartar as pessoas?», questionou Francisco de Assis. Luís Carlos Fonseca concordou que «a evolução tecnológica dispensa pessoas, mas esse é um desafio que temos de enfrentar. Se a economia digital nos permite ser mais eficientes, mais rápidos, mais precisos, nomeadamente no nosso caso, na composição dos jornais, por exemplo, obriga-nos a reformular equipas e, em muitos casos, a reduzir equipas, mas é preciso formar essas pessoas e direcioná-las para tarefas que possam trazer mais valor acrescentado».

Samuel Costa explicou que na Sonix procuram nunca mandar pessoas embora porque se adquirem máquinas, porque há sempre outras e novas tarefas para cumprir. «Os inputs de quem trabalha no dia-a-dia na produção são ouro, pelo que o que interessa é ter essas pessoas a colaborar e a integrar os processos de modernização». 


Nenhuma empresa consegue crescer sozinha 

Elsa Moura, diretora de Informação da Rádio Universitária do Minho, moderou o painel dedicado à Cooperação, que contou com os contributos da INVEST BRAGA, da Associação Comercial de Braga e da Nortempresa, e em que todos foram unânimes em dizer que nenhuma empresa consegue crescer sozinha, sem cooperar e sem encontrar parcerias.

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Elsa Moura, Gil Carvalho, Daniel Vilaça e Fernando Lopes

Gil Carvalho, gestor de Investimento da INVEST BRAGA, salientou que o trabalho da associação é facilitar os contactos entre players da região para promover a cooperação: «Temos um plano estratégico para desenvolver que envolvem vários stakeholders – da economia, da investigação e do ensino, etc. –, com dezenas de ações que podem promover o crescimento da economia, como é o caso da criação do Altice Forum Braga, onde se realiza o Link Lab Braga, mas que apenas podem cumprir o seu objetivo se tiverem a colaboração e a participação das empresas, aquelas que estão em Braga, e que é importante que se mantenham no território, e outras que possam vir a instalar-se nesta região».

Fernando Lopes, coordenador de Projetos Conjuntos da Associação Comercial de Braga (ACB), explicou que é importante mostrar os exemplos do que de melhor se faz ao nível da cooperação, para inspirar outras empresas e promover o crescimento. O gestor salientou a importância da nova geração de empresários, que trazem novos modelos e novas perspetivas, que «vão seguramente mudar a forma como fazemos as coisas atualmente». A cooperação é algo que não se impõe, é algo que parte muitas vezes de uma necessidade ou de uma oportunidade, e daí se desenvolvem os modelos de cooperação.

A Nortempresa foi o exemplo trazido pela ACB como exemplo de como cooperar pode ser uma excelente estratégia para crescer. Daniel Vilaça, diretor executivo da empresa, explicou que um dos objetivos que traçou desde a criação da sua empresa foi apostar na cooperação precisamente para poder crescer. Um dos exemplos que deu é a colaboração com o Departamento de Marketing da Universidade do Minho que, a partir da criação de uma marca, tem agora meia centena de estudantes a estudar estratégia para promover essa marca.

O responsável da Norteempresa revela que a única empresa nacional de produção de perfumes, tem concorrentes estrangeiros com quem tenta também colaborar, mas apenas a cooperação tem permitido à empresa desenvolver o seu negócio, já que tem uma estrutura pequena, com apenas 16 pessoas, e a parceria com a Universidade do Minho é um exemplo claro desse trabalho. Quanto ao trabalho desenvolvido através da ACB, Daniel Vilaça explicou que uma das formas que encontrou de se promover foi integrar as iniciativas da associação para fazer networking e encontrar oportunidades de cooperação.

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