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Só é possível inovar tendo uma equipa focada e empenhada

09-04-2019
O Link Lab Braga debateu as formas de promover a competitividade do tecido empresarial. No painel sobre inovação, dinamizado pela Crédito y Caución e moderado por Pedro Antunes Pereira, do jornal O Minho, debateu-se a realidade do empreendedorismo em Portugal. Sara Silva, diretora de operações da Peekmed, considera «que temos que ser tão bons como os grandes, mas com metade dos recursos». Para a responsável o essencial «é construir uma equipa de profissionais empenhados, que queira fazer. A diferenciação deve-se a "andarmos” mais rápido que a concorrência, mas isso só é possível tendo uma equipa focada e empenhada».

O diretor de estratégia da ISSHO Technology, Guilherme Fonseca, defende que o grande desafio da inovação é a dificuldade do financiamento, «é difícil convencer a banca tradicional a financiar investimento para a inovação». «Estamos a viver a era dourada do empreendedorismo em Portugal, hoje é muito mais fácil encontrar um investidor do que um empreendedor! Há mais dinheiro do que alvos para investir. Mas há que investir em targets de valor», porém o responsável considera que pode haver impedimentos à inovação nestes mesmos investidores, que podem não ter a visão para a inovação, ou pode não haver alinhamento com a visão do empreendedor. 

Para Susana Barros, «o que nos faz crescer são as pessoas. Pessoas felizes e motivadas no trabalho estão mais focadas, empenhadas e comprometidas, e o contacto com o cliente é diferente. As pessoas sentem-se realizadas, e que há uma valorização do que fazem, é meio caminho andado para a inovação. É essencial ter também visão estratégica para o negócio, e arriscar, tomar riscos calculados».

Abordando alguns dos desafios à inovação, Sara Silva convergiu neste ponto, considerando que «a equipa é sempre o foco, mas de facto precisamos de financiamento. A carga fiscal é muito elevada e um entrave muito grave.» Por outro lado, «é complicado contratar, sempre que o país atrai grandes multinacionais, que pagam melhor ou têm melhores condições. A nossa vantagem é que connosco a pessoa é considerada parte da equipa e não é apenas mais um número», rematando que «a inovação depende do que as pessoas são capazes de fazer quando estão motivadas, além da formação e do acompanhar do estado da arte do mercado, e de uma gestão que seja capaz de ser uma vantagem e não uma barreira.»

Para o estratega da ISSHO Techonology as barreiras à inovação são essencialmente três, além dos impostos: a falta de recursos humanos, admitindo também que é difícil competir com as condições que as empresas maiores oferecem, mas desafiando os empresários a encontrar ferramentas diferentes que captem talento; o financiamento, que deve também ser encarado de forma diferente – sugerindo que as PME encarem as grandes empresas não como inimigos mas como aliados, porque as grandes corporações podem financiar as suas ideias; e as barreiras internas, como estruturas demasiado rígidas, o ego do CEO, e a falta de cultura de equipa.

Susana Barros abordou também a vontade da administração para que haja essa cultura interna e filosofia de gestão. Falando do departamento da felicidade do Grupo Bernardo da Costa, considera que «quando não temos uma administração que perceba a importância das pessoas e do seu bem-estar, não se pode ter um ambiente positivo, que nos leve a fazer algo mais, a inovar. Tem de haver uma porta aberta na administração, é fundamental. Se isto não for a filosofia nas empresas, sejam de que dimensão forem, é difícil mudar.» 

«A barreira à inovação somos todos nós. Não podemos ter robôs em frente a computadores. Temos de criar espaço dentro da empresa para que as pessoas possam criar, dar ideias, para contribuir, para fazer algo diferente. E depois há que aproveitar essas ideias - é importante que as pessoas vejam que os inputs que dão à organização são aproveitados. É o que acontece na nossa empresa, os administradores acreditam que é este o caminho, e é permitido a todos colaborar para o todo.»

O moderador convidou o painel a dizer, numa linha, como se pode tornar Portugal mais inovador. Para Sara Silva passa por «pôr o melhor de nós no que fazemos»; Guilherme Fonseca escolheu «se Portugal não abraça a indústria 4.0, fica para trás»; e Susana Barros resumiu «As empresas não são feitas de pessoas, as empresas são as pessoas».

O LINK LAB Braga é promovido pela AEP – Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, que conta com o envolvimento da Deloitte, com o apoio da Konica Minolta, Crédito y Caución e Iberinform, e com a colaboração da Invest Braga e da Altice Forum Braga. O projeto AEP Link é cofinanciado pelo Compete 2020, pelo Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). 

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