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«O AEP Link é a plataforma para promover a cooperação e a partilha de oportunidades de negócio»

09-04-2019
A abrir o AEP Link Braga, Cláudia Guterres, gestora do projeto, destacou o seu principal papel: promoção da cooperação. «É a chave para valorizar a atividade económica». O projeto promove a colaboração – através da partilha de oportunidades e propostas de parceria - nos eixos investimento, inovação e economia digital – entre diferentes empresas, com diferentes graus de maturidade e setores. 

O economista da Deloitte, Pedro Janeiro, salienta a necessidade premente de que as empresas «contribuam para a valorização da atividade económica», destacando o diagnóstico a ser efetuado pelo AEP Link e de como este vai «servir as empresas». «A AEP quer saber as dificuldade e necessidades das empresas, onde estão as oportunidades de melhorar a competitividade do tecido empresarial português. Queremos saber em detalhe o que os empresários procuram».

«Continuamos a ser o país mais pobre da europa ocidental, e há países de leste que nos ultrapassam em riqueza. Sem os nossos empresários, Portugal não consegue ser mais rico. Precisamos das empresas mais que nunca, para pôr o país a crescer, através da colaboração no tecido empresarial. Este é um projeto para pôr Portugal a crescer, para pôr as PME a colaborar entre si, a criar emprego.» O questionário nacional permitirá fazer um diagnóstico real às necessidades das PME.

O dashboard económico – em permanente atualização – tem a informação mais importante à tomada de decisão dos empresários, permitindo fazer benchmarking empresarial, e avaliar a performance financeira, por regiões, e setores - nos temas economia regional, performance empresarial, investimento e recursos humanos.

A bolsa de partilha e registo de oportunidades, gratuita e de utilização intuitiva, pretende ser um instrumento de trabalho entre empresas, e destas com outras entidades do ecossistema empresarial, criando um diretório de oferta e procura. Os empresários podem registar as suas empresas e também oportunidades – de investimento, de negócio ou de cooperação.


Formas alternativas de financiamento são solução para aumentar investimento empresarial

Com moderação de Paulo Monteiro, diretor do Correio do Minho, que considera que a zona norte precisa de criar melhor emprego, porque este é tipicamente de baixo valor, o painel dinamizado pela Iberinform arrancou com o debate de porque é o investimento tão reduzido no nosso país. 

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Da esquerda para a direita: Paulo Monteiro, João Paulo Dionísio, Nuno Moita e Frederico Melo

Frederico Melo, financeiro na Energia Simples, destacou a falta de estabilidade legislativa e tributária, que afasta o investimento estrangeiro, «cabendo ao empreendedor contrariar essa realidade», além de ter de se vender melhor o capital humano. Já Nuno Moita, diretor comercial e de marketing da Iberinform, considera que é um problema que resulta de múltiplos fatores: da falta de competitividade fiscal e laboral, da morosidade do sistema judicial, da dificuldade de acesso ao crédito bancário e a fontes de financiamento competitivas. Paralelamente, o investimento do Estado está em mínimos históricos. 

Sobre a realidade prevalente de empresas que praticam baixos salários, Nuno Moita, considera que «temos de ser competitivos, mas não nos podemos continuar a diferenciar pelos salários baixos – é um problema geracional. O caminho é o da qualificação de recursos humanos».

Para João Paulo Dionísio, diretor comercial de empresas da DEN da CGD, as empresas têm vindo a substituir o papel do Estado no investimento. «Os nossos empresários são muito dinâmicos, estão a fazer um trabalho notável, a diversificar mercados, a investir. Mas é importante ter empresas de maior dimensão, porque ganha-se expressão no crescimento.» Para o responsável, o norte tem recursos humanos bem formados, o que é claramente uma vantagem da região, porém há falta de quadros, temos pleno emprego, e isso é um fator limitador».

Como podem as condições de investimento melhorar para as empresas? Para Nuno Moita, através do autofinanciamento, e da aposta na inovação e na internacionalização, assim como fazendo a gestão do risco da atividade, com base num conhecimento profundo da atividade e de boas práticas de gestão. 

João Paulo Dionísio considera que «é diferente falar de micro e pequenas empresas, sem dimensão ou maturidade, e que não têm facilidade de acesso às fontes de financiamento mais adequadas. Para as empresas com maior dimensão é um momento positivo - nunca tivemos taxas de juro tão baixas como agora, há dinheiro para emprestar, porém é uma realidade que as instituições têm menor apetência ao risco do que já houve no passado. E para que haja maior probabilidade de financiamento na banca há que ter projetos de qualidade, é essencial – o sistema financeiro está recetivo a apoiar bons projetos».

Na opinião do responsável da CGD, para fazer crescer o investimento, é preciso entre outros fatores ter melhor infraestruturas, formar recursos humanos, aprofundar a ligação entre as universidades e as empresas, e melhorar os custos de contextos – através da digitalização por exemplo para simplificar processos, e diminuir burocracia. Frederico Melo considera que tem que se pensar noutro tipo de investimento, através de garantia mútua, de capital de risco, e crowdfunding, além dos incentivos fiscais para a investigação, por exemplo.

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